Resgate heróico ou negociado?

Desde o início me soou um pouco estranho esse papo de que um punhado de soldados colombianos se passaram por agentes humanitários, pousou no ninho das FARC e levou seus principais reféns, dentre eles a franco-colombiana Ingrid Betancourt. Até que uma rádio suíça levantou a hipótese (fundamentada) de que o resgate, na verdade, foi pago pelo governo colombiano (alguns milhões de dólares). As especulações vão desde a mediação dos governos da Espanha e da França, às ações de inteligência da CIA e até mesmo as ações de Hugo Chávez. Bem, as dúvidas são muitas, mas o papel da mídia é bem claro: divulgar a versão oficial do heroísmo colombiano.

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11 Respostas to “Resgate heróico ou negociado?”

  1. Tássia Says:

    Felippe,

    Você faz uma observação muito importante. Mas, se não me engano, você já falou algumas vezes sobre o assunto, não? Por favor, você poderia linkar dentro do texto os outros?

  2. Dimitri Says:

    Felippe, seu relativismo se auto-destrói: se as informações no tempo da sociedade do espetáculo nunca são totalmente confiáveis, porque justamente a sua, ou da rádio suíça teria de ser?
    Quem perde com tudo isso é o conhecimento. Perde-se a possibilidade de conhecer, de ter-se certezas nem que seja sobre alguma coisa, tudo se reduz a um mero e mesquinho jogo de poder.
    Em relação a algumas coisas eu tenho certezas e independe da mídia: seqüestrar uma pessoa, mantê-la por 6 anos e 4 meses longe da família e amigos é algo condenável e atentado gravíssimo aos direitos humanos, e soltá-la é uma coisa excelente!
    Outras certezas: o Estado de direito, a razão, a democracia e a liberdade são coisas boas; o terror, a violência, a tirania e a opressão (principalmente se acontecem em nome do bom, do belo e do que há de melhor, matar alguns em nome de um futuro hipotético para todos) são coisas ruins e condenáveis. Defender a Colômbia e condenar as FARC é uma coisa boa.
    É claro que eu não sou idiota e sei que o que aconteceu não foi por amor à liberdade, e muito menos à Ingrid. É claro que existem fortes relações de poder por trás de tudo isso, e a mídia, é claro, não ia deixar de aproveitar tudo isso para vender mais. Mas um fato continua inabalável: por esta ou aquela razão, as FARC estão sendo enfraquecidas e eu acho isso uma coisa excelente. O terror e a droga têm de ser combatidos com vigor!
    Vejo isso como um sinal, uma virada, de que poderemos ter a próxima década, mais pacífica, menos violenta do que esta, espero isto sinceramente!

  3. Tássia Says:

    Dimitri,

    Concordo com você quando fala que na sociedade do espetáculo, não se pode afirmar o que é mito e o que é real, mas nossa concordancia acaba aqui.
    Você bem sabe o que penso sobre as FARC, mas o que me icomoda é seu utopismo de acreditar que destruindo as FARC teremos uma sociedade mais pacífica. Enquanto você acredita nos ideais modernos como a expressão do bem (Estado de direito, a razão, a democracia e a liberdade) você esquece que o terrorismo é tão consequência dele, quanto as “coisas boas”. Explico: (apesar de ser um clichê), a sociedade vive em constante relação. As coisas não são móveis e o terrorismo não nasceu do nada de um dia pro outro não. O terrorismo é expressão inflamada da opressão, da desigualdade, do fundamentalismo (no sentido mais crú da palavra) e de todo o mal que a igualdade, a fraternidade e a liberdade escondem. O terrorismo é uma forma (que eu não julgo a mais coerente) de responder a tudo isso e, porque não, de pensar um mundo alternativo a esse. Quero deixar claro que não defendo o terrorismo, mas segundo as próprias leis da física, toda ação gera uma reação em direção contrária e igual intensidade.
    Longe, no entanto, de pesar as FARC como terrorista, acredito que para se ter uma sociedade mais pacífica, sem sexo, drogas e rock in roll, a solução dos problemas, colombianos, brasileiros e mundiais está na solução dos problemas que geram o terrorismo. Bom, mas aqui eu caio também num utopismo.

  4. Dimitri Says:

    Tássia, eu acho impossível uma sociedade sem sexo (até porque os humanos não existiriam mais). E o rock’n roll é muito bom! (eu ouvindo um agora! ehehhe)! Então restam a violência e o terror a combater, então vamos lá.
    De onde vem a modernidade? De onde vêm os ideais modernos?
    Por mais paradoxal que seja, a modernidade é cristã, os ideais modernos são ideais cristãos, tanto é verdade que em 2004, em Lourdes, na França, o papa João Paulo II falando sobre “a fraternidade, a liberdade e a igualdade”, disse “são ideais cristãos”. Em 2005, quando escreveu uma carta à nação francesa pelos 100 anos da lei acerca da laicidade (a separação entre a Igreja e o Estado” comentou “é um valor cristão, uma conquista da civilização” (perdido a partir do Renascimento, com a crescente confusão entre o Estado e a Igreja).
    Não defendo os ideais modernos porque são “modernos”. Critico muitos pontos da “modernidade”. Defendo o Estado de Direito porque é melhor do que a anomia. Defendo a democracia porque é melhor que a tirania. Defendo a razão porque ela é “a síntese do espírito”; ela é, de algum modo, “tudo”, e não é moderna, foi descoberta pelos gregos há vinte e sete séculos, mas é universal. Defendo a liberdade porque é a própria essência do homem, o que o diferencia do animal, como o próprio Sartre o reconheceu “o homem é condenado a ser livre”.
    Eu sei que o terrorismo tem uma gênese, não nasce do nada, e eu não justifico as injustiças que dão origem ao terror.
    Porém, eu penso que o terror é uma resposta niilista a tudo isso.
    O que é o contrário do niilismo? A esperança! Ou seja, o niilismo é uma resposta desesperada a realidade na crueza na qual ela se apresenta.
    O niilismo de fato é uma postura extremamente inteligente de quem a possui (por isso eu leio Nietzsche), porque se você olha a realidade meramente humana, a tendência é mesmo a corrupção, o non sense, o desespero, o absurdo, o vazio e o nada.
    Mas isso é uma falta de realismo. Porque o homem (e a mulher) não existia, existe e não existirá, portanto, depende. Foi esta a intuição a qual chegaram os gregos ao avançarem à “profundidade do real”: existe algo que “sustenta” o real, no qual ele se fundamenta.
    O primeiro dado para a esperança sou eu mesmo. Eu existo, não fiz esforço nenhum para existir, existo “de graça”, minha própria existência é a primeira gratuidade, o primeiro bem.
    Só se pode construir a partir de uma certeza: eu sou gratuidade, o real, apesar de todo o mal que existe é positivo.
    Um amigo meu italiano esteve em Uganda (África) num encontro do nosso Movimento de Comunhão e Libertação, e outro amigo nosso de Uganda estava contando sobre a experiência do país, a pobreza, a violência, a miséria, droga etc. Cesana então perguntou: “por que você não se mata?” Foi um soco no estômago, mas o cara se deu conta de que no meio daquela loucura, existe uma mínima positividade que seja pela qual ele permanece vivo, e é a partir disso aí que se pode construir alguma coisa. Na África está acontecendo um milagre:a cada ano, o número de católicos cresce 4,5% (taxa igual só a dos EUA). Por que isto? Porque eles reconhecem a importância da presença da Igreja como fator de positividade, de vida e de construção num lugar devastado pelo capitalismo neoliberal e pelo comunismo mais sórdido.
    Quando aconteceram os atentados à Madrid, em 2004, os terroristas disseram uma coisa que me deixou chocado: “nós amamos mais a morte do que vocês a vida”. Por que amar a morte? Porque a vida não tem sentido. E por que nós não amamos a vida (a nossa vida abastada e cheia de bem-estar)? Pela mesma razão.
    De onde nasce o terror? Do não-amor à vida, a começar pela própria. E de onde nasce esse não-amor? Da falta de sentido.
    E sentido em grego se diz “logos”, em latim, “ratio”. Falta a razão.
    Quem sou eu? De onde vim? Que faço aqui e agora? Qual o meu destino?
    Estas perguntas são a “razão”, a “síntese de todo o movimento humano”, como belamente expressa Leopardi abaixo:

    […] Mas tu, sozinha, eterna peregrina,
    Que tão pensativa és, talvez entendas
    Este viver terreno,
    O sofrer nosso, o suspirar, que seja;
    Que seja este morrer, este supremo
    Descorar do semblante,
    E da terra sumir, fugir do aceno
    Da habitual, amante companhia,
    E decerto compreendes
    O segredo das coisas, vês o fruto
    Da manhã e da noite,
    Do tácito, infinito andar do tempo.
    Sabes, por certo, a qual doce amor seu
    Sorri a primavera,
    A que, o estio é útil, a quem serve
    O inverno e a sua neve.
    Mil coisas sabes tu, e mil descobres,
    Que estão ocultas ao pastor simplório.
    Amiúde, ao te ver
    Muda assim sobre campos que, desertos,
    Lá na distância com o céu confinam;
    Ou então a viajar
    Comigo e meu rebanho tão de perto;
    E quando olho a amplidão, de estrelas cheia,
    Penso e digo comigo:
    Por que tanta candeia?
    Por que estes ares infinitos, este
    Infinito profundo, sereno, esta
    Imensa solidão? E eu, que sou eu?
    […]

    Educar esta razão a amar: esta é a grande esperança para o fim do terror e a emergência da civilização do amor, neste Terceiro Milênio. Isto é o que eu, sinceramente, espero.

  5. Larissa Says:

    Felippe:

    Qual a diferença se foi de um jeito ou de outro, se foi por um motivo ou pelo outro. O que importa é que aconteceu, entende? Se foi pago, que bom que pagaram! Se não foi pago, foi um super ato heróico mesmo! Enfim… aquelas pessoas mereciam ser soltas. Todas elas! Inclusive as que ficaram.

    Tássia:
    Se alguém está doente e não há cura para o seu mal, ela não pode tomar remédio para passar as dores, ou para retardar a morte?
    Isso foi, mais ou menos, o que você disse. Só porque o terrorismo é um reação a ações empreendidas, não quer dizer que não podemos combater a reação. Claro que temos que combater os dois e, mais claro está, que a eliminação das FARC não fará do mundo um lugar pacífico. A questão é que podemos tentar. E como você mesmo concorda que é utopia querer acabar a curto prazo com as ações, então, vamos sim, acabar com as reações.

    Por fim, deixo minha manifestação em favor da eliminação de qualquer forma de terrorismo, inclusive as produzidas pelo grupo que detém o poder nos EUA!!!

  6. Tássia Says:

    Larissa,

    Depende. Se tomar um remédio para aliviar a dor de uns significa sacrificar outros, há algum problema neste “remédio” não acha? Se você me diz que devemos eliminar as FARC, você está dizendo quem pode ter acesso ao “remédio” e quem não pode. Você foi à favor da postura do exercito em entregar 3 jovens traficantes da favela carioca para a execução? Ainda vou mais longe: quais os parâmetros que você adota para determinar as FARC como terrorista?
    Você chama de terroristas os que detém o poder nos EUA, mas acho que não precisamos ir tão longe para se fazer essas analogias. Para mim, terrorismo é uma palavra usada para deslegitimar práticas que só podem ser exercidas plenamente por quem detém a institucionalidade oficial – O Estado.
    Se “eliminarmos” o “terrorismo”, ainda teremos as guerras que matam milhões; ainda teremos pessoas morrendo de fome, de dor, de doenças; a nossa polícia ainda atirarão nos civis “por engano”, ainda existirão os conflitos na Terra Santa; vez ou outra, alguns países ainda jogarão mísseis em outros; as manifestações pacíficas contra o neoliberalismo e imperialismo, algumas vezes, ainda serão estraçalhadas em nome da ordem; Os tribunais (nacionais e internacionais) ainda julgarão, punirão e absorverão condutas de acordo com interesses nada justos; ainda existirão as tiranias e os excessos; etc; etc; etc;
    Não existiria mais o homem-bomba, não existiria mais o traficante nem os seqüestradores traficantes das FARC, mas ainda assim estes potenciais terroristas teriam suas revoltas e seus déficits históricos exatamente iguais. A eles a sociedade apenas destinou a exclusão e o isolamento. Como forma de revolta, a sociedade destinou-lhes apenas o suicídio.
    O que buscavam o Quilombos dos Palmares e a sociedade de Canudos? Leis próprias e independentes do Estado, uma outra forma de organização, uma outra lógica de vida. O que buscam os Zapatistas de hoje? A mesma coisa. O que busca uma “entidade terrorista e traficante” que domina mais de 40% do território de um país? Será que não é a mesma coisa? Se tivessem o título de Estado, ainda assim suas práticas seriam terroristas?
    As ideologias, sonhos e expectativas de alguém podem ser “eliminados” em nome de um projeto moderno tão falho?
    “Eliminar” é uma palavra muito perigosa. Como “eliminar” sem pensar em “solucionar”? Só de uma maneira: “excluindo”. Aí, é muito fácil mesmo tentar uma sociedade mais “pacífica”.

  7. Dimitri Says:

    Tássia, não dá pra justificar um mal com base em outro mal. Mal é mal, e ponto! Terrorismo é mal, escravidão é mal! Não dá pra justificar!
    A falha do “projeto moderno” não dá pra justificar nem em um milímetro o terrorismo, e se você quer saber, por mais ingênuo que seja, o projeto moderno é muito mais digno que o terror.
    Falha justamente em dizer de onde vem o fato de alguns não poderem ser excluídos, torturados, presos ou mortos. Eu acredito que tudo isso é ilícito porque acredito que todos são ontologicamente iguais, iguais porque oriundos da mesma origem: Deus mesmo.
    Sem essa concepção, o que resta? O poder. O poder, cristalizado no Estado é o que dá dignidade ao homem, segundo critérios de cálculo, interesse e conveniência, sempre excluindo alguns em detrimento de outros. Isso foi o que o poder cristalizado sempre fez!
    A única alternativa é essa religiosidade da vida, que indica que é ilícito tanto escravizar, torturar quanto seqüestrar e matar em nome do que quer que seja, porque o homem e a mulher têm uma dignidade que lhes é inerente, ontológica e inalienável.
    Como já reiteirei antes, o Estado de Direito é melhor que a anomia porque busca a paz, a convivência. Isso não legitima a tortura, nem a morte, nem práticas da CIA, KGB e côngeneres. Mas quem vai limitar o Estado? Quem vai dizer ao Estado, ou seja, ao poder, o que ele pode ou não fazer?
    Você não percebe, Tássia, que desde 1648, quando foram assinados os Tratados de Westfalia, quando os Estados Nacionais se “emanciparam” da intermediação da Igreja, vivemos numa virtual esacravidão mundial, onde vence e se afirma o mais forte? Que tudo não passa de jogo de poder? Que quase 2 bilhões já morreram e foram escravizados nessa onda toda?
    Que a religiosidade afirmada e vivida é a única possibilidade de verdadeira liberdade e transgressão?

  8. Larissa Says:

    Dimitri disse tudo. Não adianta você querer fingir que não vê que algo é mal, porque existem outros “males”.
    Enfim… Todos são ruins. TODOS! Se podemos combater um, vamo fazer isso. Se podemos combater todos vamos fazer isso. O que eu não consigo suportar é ver que as pessoas olham no geral e não fazem nada. Porque para elas só está bom se consertar tudo. Não se pode falar em acabar com terror, que já colocam coisas sobre gente morrendo de fome. Se vamos falar em acabar com a fome no mundo, vem logo com o papo de que adiantaria acabar com a fome se o país continua escreaviza. E assim sucessivamente. No fim das contas ninguém faz nada. Porque é tanta coisa pra fazer e quando vc se propõe a tentar acabar com uma, todo mundo cai em cima de você perguntando pra que isso, se aquilo ainda existe.
    Fale sério!

  9. Dimitri Says:

    Larissa, você tocou num ponto que me é muito caro. Pra mim, o que define ontologicamente é um conjunto de exigências originais e elementares. Eu achei simplesmente fantástico esse seu post, porque toca num ponto importantíssimo. O homem é exigência de justiça, mas isso não é uma coisa da qual ele pode se libertar, é algo que lhe é inerente, por isso sofremos quando vemos alguém com fome, um mendigo, a guerra ou alguém vítima das drogas, da depressão ou da exploração. Porém, em seguida nos vem a seguinte coisa: é como se essa exigência de justiça fosse constantemente frustrada. Percebemos uma limitação em nós, nos outros e nas ideologias, mas a pergunta fica, porque é exigência, é inextirpável. Ou a justiça de fato existe, ou eu sou uma piada de mau gosto do universo. Eu acredito que essa justiça existe porque a encontrei. Num belo dia ela entrou na Virgem Maria e se fez homem, nasceu na Noite do Natal, e morreu na Cruz, ressuscitou na manhã da Páscoa, começou em si mesmo um movimento de amizade que continua há 2000 anos que vive numa intensa luta, palmo a palmo com a noite e com as trevas do absurdo, do non sense, do vazio e do nada. À primeira vista, pode parecer loucura, mas quem conhece um cristão de verdade, sabe do que estou falando: Jesus é essa justiça de que estou dizendo! É só através da relação com Ele que podemos reconstruir um mundo novo, de paz e de amor, de vida! Só Ele é a esperança que não decepciona!

  10. Dimitri Says:

    CORRIGIDO:

    Larissa, você tocou num ponto que me é muito caro. Pra mim, o que define ontologicamente O HOMEM é um conjunto de exigências originais e elementares. Eu achei simplesmente fantástico esse seu post, porque toca num ponto importantíssimo. O homem é exigência de justiça, mas isso não é uma coisa da qual ele pode se libertar, é algo que lhe é inerente, por isso sofremos quando vemos alguém com fome, um mendigo, a guerra ou alguém vítima das drogas, da depressão ou da exploração. Porém, em seguida nos vem a seguinte coisa: é como se essa exigência de justiça fosse constantemente frustrada. Percebemos uma limitação em nós, nos outros e nas ideologias, mas a pergunta fica, porque é exigência, é inextirpável. Ou a justiça de fato existe, ou eu sou uma piada de mau gosto do universo. Eu acredito que essa justiça existe porque a encontrei. Num belo dia ela entrou na Virgem Maria e se fez homem, nasceu na Noite do Natal, e morreu na Cruz, ressuscitou na manhã da Páscoa, começou em si mesmo um movimento de amizade que continua há 2000 anos que vive numa intensa luta, palmo a palmo com a noite e com as trevas do absurdo, do non sense, do vazio e do nada. À primeira vista, pode parecer loucura, mas quem conhece um cristão de verdade, sabe do que estou falando: Jesus é essa justiça de que estou dizendo! É só através da relação com Ele que podemos reconstruir um mundo novo, de paz e de amor, de vida! Só Ele é a esperança que não decepciona!

  11. Tássia Says:

    Dimitri e Larissa,

    Repito a pergunta: vocês foram “a favor da postura do exercito em entregar 3 jovens traficantes da favela carioca para a execução?” Me parece que sim. Então aqueles 3 jovens traficantes são a representação do mal? Se “combater TODOS os males” é entregar uma criança à execursão, então, eu sou a favor do mal, eu sou uma pessoa do mal.
    É muito fácil chamá-los de o “mal da sociedade” quando adotamos um padrão social e cultural ocidental-cêntrico inclusive do que é o “bem” e do que é o “mal”.
    Não estou problematizando os outros “males” da sociedade para me manter imóvel e “não fazer nada” para modificar. Estou dando a oportunidade a vocês de olharem além das aparências, de fugirem dos simplismos espetaculares debbordianos. Combater o terrorismo é combater a aparência.

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